sábado, 5 de janeiro de 2008

A PEDIDO

Por mim, por favor, não tenhas pressa.
Aceita meu convite, ele vem de uma verdade.
É uma palavra de carinho e uma advertência de cuidado,
Para que me vejas,
Para que me honres.

Não precisas te afastar, podes trazer teu andar sensível ao meu lado,
Para que eu te veja,
Para que eu te honre.
Apenas me devolvas o tempo da mesma forma que o pegaste.

Vem me mostrar quem tu és sem que o sol que recém nasceu confunda minha visão.
Vem me mostrar parte por parte a seu momento,
Teu olhar ao amanhecer, teu perfil ao pôr-do-sol
E, à noite, apenas tua voz invisível.

Vem repousar tua ansiedade em meu colo
E minhas defesas cairão na terra.
Vem sem esperar que eu não seja eu,
Vem sem pressa para que sejas tu.

Anda com teu passo sensível até mesmo
Se eu não estiver a te aguardar,
Pois se nos entregarmos a esta dança abnegada,
Sejam unidas ou afastadas,
Serão duas as pessoas a se encontrar.

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