Eu ouço vozes.
Vozes que me despertam.
Vozes que erram pensando acertar,
Que acertam pensando errar,
Vozes com sede de discriminação.
Vozes desancoradas,
Ora excitadas, ora sem vida,
Vozes mergulhadas em insistente confusão.
Eu ouço vozes.
Vozes que não me deixam dormir.
Vozes que falam de um mundo pequeno,
Que vêem pouco, que descrêem.
Vozes de uma cidadezinha feita de espelhos.
Vozes que temem o que está dentro
E que anseiam o que está fora.
Vozes de desejo e medo.
Eu ouço vozes.
Vozes que me despertam.
Vozes que lamentam,
Que estão com fome.
Vozes que se vêem sem voz.
Eu ouço vozes.
Vozes do meu próprio mundo.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
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