quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Analogia de um turbelário terrestre

Vagarosamente...
Tão lenta e vagarosamente,
Quanto uma lenta lesma a lesmar...
E vai lesmando...
Se arrastando...
Deixando para trás aquele nojento rastro grudento...
Às vezes parando,
Movendo, com a lerdeza singular de uma lesma,
A desajeitada cabeça para trás...
E admirando,
Com um falso orgulho,
O rastro que para trás vai deixando...
Aquele mesmo rastro que,
De tão viscoso,
Chega a dar nojo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa é uma das minhas preferidas, o rastro lembra o passado..achei muito boa pela simplicidade e modo como foi escrita..
beijão
>Caroline<

Jorge Luís Knak disse...

brigadão pelo comentário filhota, escrever esta poesia foi uma brincadeira muito boa, até hoje gosto de dar uma olhadinha nela às vezes. Devo ter escrito quando eu tinha uns 19 anos.

 
BlogBlogs.Com.Br