terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sobre a paixão

És tão doce quanto breve,
Tornas o rosto leve e o amante insone.
És tão irresistível quanto curta,
Cortas a escuta e da razão roubas o alcance.
És instantânea, rasa e passageira,
Fazes-me desejá-la inteira e esquecê-la noutro instante.
És capaz de pôr o homem, em segundos, doente,
E com igual destreza, curá-lo completamente.
És fugaz e enganosa,
À tarde és Ana e, à noite, te chamas Rosa.
És fresca, atraente e tão bonita
Que revelar-te em minha escrita é a teus atributos injustiça.
És tão incerta e inconseqüente
Que jogas o passado ao mar, reviras vidas e te manténs silente.
És divina e perdulária,
És necessária e proibida.

2 comentários:

Anônimo disse...

essa é minha preferida!!

Jorge Luís Knak disse...

Obrigado filha, foi feita com o coração!!!

 
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