quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Aprendiz

Olhar a vida como quem está de fora...aos poucos vamos percebendo que isso vem do medo, que é morte em vida. Foi num desses momentos de reflexão sobre como se relacionar com a vida que nasceu esta poesia. Muitas mudanças emocionais vinham acontecendo nos últimos anos, trazendo mais confiança, mais alegria. Hoje vejo que estes versos foram uma espécie de despedida, adeus distância. Sem entrar de coração na vida como poderemos conhecê-la? Não resta alternativa. Que seja vivida bem de perto e com coragem. Como dizia Vinícius de Moraes: "A vida é pra valer. E não se engane não, tem uma só. Duas mesmo que é bom ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado com certidão passada em cartório do céu e assinado embaixo: Deus.E com firma reconhecida!"


Acreditei ser possível te olhar da margem.
Por anos e anos apenas te olhar da margem.
Sem sentir o toque da água, sem descobrir o gosto do sal.
Da margem eu não ouvi tua voz e para mim não mostraste o rosto.
E foi ficando tarde. Foi ficando quase, quase tarde.
De que me serviram esses tempos de olhar distante, se o teu toque se misturava ao toque da água e eu nem sequer conhecia o toque da água?
De que me serviram esses tempos de olhar distante, se o teu sabor se misturava ao sabor do sal e eu nem sequer conhecia o sabor do sal?



9 comentários:

Anônimo disse...

Linda...

Jorge Luís Knak disse...

Obrigado Elaine, é bom ter retorno, pois eu estava com algumas dúvidas sobre a qualidade desta poesia, mas postei ela e já recebi um e-mail de que ela provocou até choro, então acho que ela conseguiu se expressar bem, cumpriu seu papel.
abraços

Claudia disse...

Muy intensa. Creo que la entendí, aunque mi portugues es bastante limitado!

Jorge Luís Knak disse...

Thanks for your comment Claudia. I also feel that this poem is really intense, probably because it brings the idea of living without fear, "going into deep water" without avoiding the challenges and the beauty of life.
hugs

Anônimo disse...

Que sentimento oceânico! Agora com a voz ficou ainda mais infinito. Gosto (mesmo) dos passeios por aqui.

Jorge Luís Knak disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Luís Knak disse...

Obrigado Manika, eu estava mesmo aguardando opiniões sobre o áudio. Meu objetivo era oferecer mais um meio de desfrutar do sentimento da poesia, espero que tenha cumprido seu papel. Este blog também tem direito de se utilizar mais da multimídia :)
E continue visitando, as novidades vão surgindo aos poucos.
grande abraço

Manu disse...

oieee

estou esperando junto com o áudio um vídeo com encenação. Tem que ser completo profê!!!

Brincadeira.
Adorei o poema e o áudio.

Bjinho
Manu

Jorge Luís Knak disse...

Essa eu topo fazer o vídeo, mas vai ser uma versão "preguiçosa", sentado na beira da praia (de preferência Santa Catarina). E ali eu acabo ficando, olhando da margem (entre um mergulho e outro). Gostei da idéia :D
O vídeo da poesia "do tempo" vai ser mais fácil, 12 segundos filmando um relógio cuco, hehe.
abraços

 
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