quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cavalo

Um cavalo correndo pelos campos
Um cavalo correndo pelos campos sem medo
Um cavalo correndo pelos campos sem olhar para os lados
Um cavalo correndo pelos campos com toda a liberdade
Um cavalo cortando os campos com toda a vitalidade de pêlo suado de crina desordenada
Sem desejo de interromper a corrida
Sem tropeços sem receios
Um cavalo correndo pelos campos sem parar
Um cavalo que só a morte pára
Sem se questionar como o homem se questionaria
Sem hesitar como o homem hesitaria
Um legítimo cavalo correndo pelos campos
Como um legítimo homem livre correria

sábado, 21 de agosto de 2010

Poema Magro Mas Nem Tanto (Autobiografia)

Sou Nem Tanto
Nem Tão Pouco
Nem De Ferro
Nem De Nada
Um Tanto Certo
Um Tanto Louco
Nem Brilhante
Nem Tão Fosco
Nem Todo Ofício
Nem Só Ócio
Nem Tão Fino
Nem Tão Tosco
Nem Certeiro
Nem Tão Torto
Mas Fincar O Pé No Centro?
Nem Morto.

O medo é minha última esperança

O que ficou apodrece,
Tem cheiro de corpo morto,
Não tem esperança e, assim,
O infeliz não tem medo.
O que ficou sabe que tudo se vai e,
Assim, não tem esperança.
Com seu cheiro de corpo morto,
O infeliz não tem medo.
 
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